Jovem Aprendiz pode trabalhar em regime híbrido ou remoto? Entenda o que diz a Lei da Aprendizagem
- CIEDS Comunicação
- há 1 dia
- 2 min de leitura
Com as constantes transformações no mundo do trabalho, uma dúvida tem se tornado cada vez mais comum entre jovens e empresas: afinal, jovem aprendiz pode trabalhar em regime híbrido ou remoto?
A resposta é sim, mas com restrições importantes e critérios bem definidos por lei.
Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre a atuação de aprendizes fora do ambiente físico da empresa, com base nas diretrizes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Quando o trabalho remoto é permitido para o jovem aprendiz?
Durante e após a pandemia, o Ministério do Trabalho e Emprego autorizou que atividades práticas do programa de aprendizagem possam ser executadas no formato remoto ou híbrido, desde que garantam o aprendizado, a segurança e a proteção integral do jovem.
Já a formação teórica, realizada pela entidade qualificadora ou instituição de ensino, deve ser presencial, a não ser que haja autorização formal do MTE e do MEC para a modalidade a distância.
Quais são as regras para o home office ou modelo híbrido?
A empresa pode adotar o trabalho remoto ou híbrido para o jovem aprendiz, desde que:
Não haja prejuízo à formação profissional e à proteção integral do jovem
A jornada de trabalho seja controlada com registro de frequência e atividades realizadas
Haja supervisão efetiva das atividades práticas, com acompanhamento remoto adequado
O modelo adotado esteja formalizado em contrato ou termo aditivo
A função exercida seja compatível com a idade e os princípios da aprendizagem
O jovem esteja em ambiente seguro, conforme o ECA e a Constituição
A empresa deve fornecer equipamentos?
Sim. Caso o jovem aprendiz atue remotamente, a empresa é responsável por garantir os meios necessários para o desempenho das atividades. Isso pode incluir o fornecimento de equipamentos como computador, internet ou ferramentas de acesso, ou auxílio financeiro específico para viabilizar o uso de recursos próprios, desde que acordado entre as partes e formalizado.
A falta dessas condições pode ser considerada descumprimento contratual e configurar violação de direitos.
Mas fique ligado!
Jovens menores de 18 anos não podem exercer atividades perigosas, insalubres ou noturnas (entre 22h e 5h), mesmo remotamente
O vale-transporte deve ser mantido ou ajustado proporcionalmente ao regime de trabalho
A empresa continua responsável pelo acompanhamento junto à instituição formadora e pela prestação de contas ao MTE
O regime híbrido ou remoto pode ser uma alternativa válida para o jovem aprendiz, desde que respeite os princípios da proteção, da formação e da legalidade.
É dever das empresas garantir que o trabalho realizado contribua para o desenvolvimento do jovem e não o exponha a riscos ou prejudique sua trajetória.
No Coletivo Aprendiz, acompanhamos de perto cada contrato, oferecendo suporte às empresas parceiras e aos jovens, para que o programa de aprendizagem cumpra seu papel transformador.
Quer saber mais sobre nossos programas e como implementar aprendizagem com segurança e impacto social? Entre em contato com a nossa equipe.
Comments