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Jovens periféricos e as dificuldades de ingresso no mercado de trabalho

Historicamente, o desemprego entre os jovens é sempre maior que o da média geral da população. Após a pandemia, a situação agravou-se ainda mais: O Brasil é o segundo país com a maior taxa de jovens que nem trabalham e nem estudam (35%), ficando atrás apenas da África do Sul.

A maior parte destes jovens está nas periferias. Distância, racismo estrutural e segregação espacial (quando há preconceito pelo local em que a pessoa mora) estão entre os fatores. Além disso, o desemprego entre os jovens pretos é quase o dobro em relação aos brancos. E, nesse recorte, as mulheres encontram ainda mais obstáculos, pois têm maior tendência a terem que abdicar dos estudos para cuidar dos afazeres da casa, filhos ou irmãos mais novos.

O jovem periférico se depara também com uma dura realidade: Sem condições financeiras, tem dificuldade em prosseguir com os estudos e capacitar-se profissionalmente, dificultando seu ingresso no mercado de trabalho. Sem experiência, não consegue emprego, e não há como adquirir experiência se as portas para a primeira oportunidade lhe são fechadas.

O caminho para quebrar este ciclo vicioso está em oferecer igualdade de oportunidades e permitir que o jovem se desenvolva pessoal e profissionalmente no decorrer do trabalho. No Coletivo, priorizamos o ingresso de jovens em situação de vulnerabilidade social. São realizadas ações constantes nas periferias, com parceiros, atores locais e empresas socialmente engajadas, para levar orientação profissional e oportunidades para quem mais precisa.

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